Ser preterido no trabalho ou rejeitado em uma vaga de emprego pode abalar a autoestima. É difícil não levar para o lado pessoal quando se esforça, dá o seu melhor e, no final, recebe um “não”. Mas será que isso realmente significa que você não é bom o suficiente?. A frustração de não ser escolhido e como evitar que a rejeição profissional se torne um gatilho para a baixa autoestima é processo individual.

Por que não ser escolhido incomoda tanto?
A sensação de rejeição ativa um instinto primitivo: o medo de exclusão. Desde a infância, aprendemos que ser aceito significa pertencimento e segurança. No mercado de trabalho, a lógica não é diferente:
1-Quando um colega recebe uma promoção e você não, é difícil não se perguntar: “O que ele tem que eu não tenho?”
2-Quando uma empresa escolhe outro candidato, vem o pensamento: “O que fiz de errado?”
3-Se você recebe vários “nãos” seguidos, a mente começa a criar histórias: “Talvez eu nunca seja bom o suficiente.”
O problema é que essa linha de raciocínio pode ser enganosa e injusta com você mesmo.
Nem sempre é sobre você (e nem sobre sua competência)
Muitas vezes, a decisão de um gestor ou recrutador não tem a ver com sua capacidade, mas com fatores externos:
a) Critérios internos desconhecidos: Às vezes, a empresa já tinha um candidato interno favorito.
b) Perfil e cultura da empresa: Pode ser que outro candidato tivesse uma experiência mais alinhada com a necessidade momentânea.
c) Timing e networking: O mundo corporativo não é apenas sobre competência, mas também sobre conexões e oportunidades no momento certo.
O erro está em transformar um único “não” em uma verdade absoluta sobre seu valor profissional.
Como evitar que a rejeição profissional abale sua autoestima?
1. Mude a narrativa: Rejeição ≠ Incapacidade
Ser preterido não significa que você não tem valor. Significa apenas que aquela oportunidade específica não era para você naquele momento.
2. Evite a armadilha da comparação
Se um colega foi promovido ou outro candidato foi escolhido, não significa que ele seja melhor que você. O mercado tem variáveis que você nem sempre consegue ver.
3. Peça feedback e aprenda com a experiência
Sempre que possível, solicite um retorno sobre sua performance. Isso pode trazer clareza sobre aspectos a melhorar ou até reforçar que você estava no caminho certo, mas fatores externos influenciaram a decisão.
4. Invista em seu desenvolvimento contínuo
Se a rejeição se repetir, pode ser um sinal de que você precisa ajustar algo em sua abordagem:
a) Melhore seu networking e visibilidade profissional.
b) Aprimore habilidades técnicas ou comportamentais.
c) Faça cursos e se mantenha atualizado no seu setor.
d) Não deixe a frustração definir suas próximas ações
Muitos profissionais, após algumas rejeições, começam a evitar novas oportunidades por medo de mais um “não”. O problema é que isso limita o crescimento. Rejeição faz parte da jornada. O que define seu sucesso é como você lida com ela.
Ser preterido no trabalho ou não ser escolhido para uma vaga de emprego não significa que você não é bom o bastante. Significa apenas que aquela não era a sua oportunidade – e tudo bem.
Se você recebeu um “não” recentemente, lembre-se: o que realmente importa não é ser escolhido sempre, mas continuar se aprimorando até que a escolha certa aconteça.
E, se nada mais funcionar, lembre-se: até os maiores empresários ouviram vários “nãos” antes do primeiro grande “sim”. Continue tentando, seu momento vai chegar!